Portos do Paraná continuarão funcionando normalmente 19/03/2020 - 14:20

Diante deste período sem precedentes, com impactos tão profundos na saúde e economia mundial, os Portos do Paraná estão trabalhando 24 horas, nos sete dias da semana, para continuar alimentando o Brasil. A atividade portuária é essencial para cadeia de alimentação global e são pelos portos que chegam insumos importantes para manter a população saudável, incluindo a importação de equipamentos médicos e ingredientes para fabricação de medicamentos.

“O porto é por onde chegam itens essenciais de alimentação, combustíveis e produtos de saúde. Além disso, a atividade portuária segura os efeitos devastadores das crises econômicas, mantendo a geração de emprego e renda nas cidades portuárias e contribuindo com o pagamento de impostos, que são usados pelas prefeituras em cuidados com a população”, explica o presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia.

Desde janeiro, antes mesmo da Covid-19 ser considerada uma pandemia, a Portos do Paraná já adotava medidas de segurança e contingenciamento. “Nossa preocupação principal sempre será em colocar as pessoas em primeiro lugar, cumprindo nosso papel de alimentar o sistema global, com segurança e responsabilidade”, lembra.

Na quarta-feira (18), o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, anunciou em coletiva de imprensa no Palácio do Planalto, que a prioridade é manter os portos abertos. Segundo ele, é missão do ministério garantir a circulação e o abastecimento de insumos, mercadorias e itens básicos em todas as regiões do país.

“Os portos são essenciais para o abastecimento. Daremos proteção máxima para a continuidade de operações: equipamentos a trabalhadores de campo, afastamento de grupo de risco, escala digital, triagem, restrições a tripulações de fora e regulação da renda mínima a portuários avulsos afastados”, disse durante a entrevista.

SEGURANÇA: Todo tripulante que chega ao porto de Paranaguá ou Antonina, passa por um rigoroso processo de controle de saúde, com exigências internacionais. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) exige que o comandante do navio mantenha e informe sobre qualquer condição de saúde e higiene à bordo.

O presidente do Sindicato das Agências de Navegação Marítima do Estado do Paraná (Sindapar), Argyris  Ikonomou, explica que todos os cuidados são tomados. “Existe uma minuciosa análise das condições de saúde à bordo. A tripulação é muito rigorosa, os órgãos de saúde do Brasil e de todo os países adotam cuidados muito sérios quanto a isso”, destaca.

Segundo ele, a manutenção das atividades portuárias não afeta a segurança da população, tanto que seguem em todo o mundo. “Se isolássemos Paranaguá do resto do mundo, como faríamos se mercadorias não pudessem entrar ou sair da cidade? Como iríamos abastecer os mercados, as casas? O porto é porta de entrada para o país e para o mundo. Para o Brasil e para a população, é necessário que essa porta continue aberta”, defende.

FAKE NEWS: Esta semana, a Portos do Paraná desmentiu boatos de que haveria paralisação de atividades. Todas as atividades de carga e descarga, por navios, caminhões, ou trens, serão mantidas normalmente. A empresa pública reitera que está adotando todas as medidas de prevenção ao COVID-19 e publicou nesta quarta-feira (18) a Ordem de Serviço 64/2020, com todas as ações tomadas para proteger os trabalhadores e toda comunidade.

“Os boatos sobre qualquer tipo de interrupção nas atividades portuárias são falsos e prejudicam a economia e país. O Porto de Paranaguá é a maior fonte de emprego e renda no Litoral e tem um papel importante no comércio exterior, sendo essencial para o agronegócio e a indústria do Paraná e do Brasil. Por isso, a disseminação de Fake News sobre o tema é um desserviço aos brasileiros”, trazia o texto.

A empresa pública reforça que criou um grupo de contingencia e que todos os serviços essenciais para a operação serão mantidos, dentro do cuidado com a saúde e segurança dos colaboradores.

BALANÇO: Em março, até esta quinta-feira (19), os portos do Paraná movimentaram 3.144.852 toneladas de cargas. Hoje, são 11 navios atracados, 19 ao largo e 8 programados.

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