O constante diálogo entre a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) e o Sindicato dos Trabalhadores do Bloco gerou novo benefício à categoria. Esta semana, o adicional de 30% de periculosidade foi incluído no acordo assinado pelas partes, em fevereiro.

   Como explica o diretor empresarial da Appa, Lourenço Fregonese, na negociação do início do ano, os tomadores de serviço entendiam que não deveriam pagar o adicional de periculosidade a essa categoria. “No entanto, o nosso entendimento, enquanto autoridade portuária, é que os trabalhadores do Bloco também atuam na zona primária e, portanto, sofrem os mesmos riscos que às demais categorias. Então, consideramos justo atender às reivindicações e estender o benefício também a essa categoria”, afirma.

   Para o diretor, este acordo colocou todos os trabalhadores portuários equiparados, sem distinção de classe ou de cota. “Nós não temos que cuidar apenas do capital. Temos que cuidar também do trabalho”, conclui.

   Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Bloco, André César Santos, são 400 homens que integram a categoria. Todos satisfeitos com o aditivo. “Em fevereiro ganhamos reajuste e novas fainas de trabalho. Agora, com mais esses 30% de insalubridade, temos realmente um ganho muito grande. Com trabalho, saúde, segurança e benefício, não tem como não ficar contente”, garante.

   O Bloco é uma das sete categorias de trabalhadores portuários avulsos (TPAs). Eles são os responsáveis pelo asseio e conservação das áreas do porto (cais, moega e silão).

Negociação – O acordo coletivo assinado em fevereiro deste ano prevê reajuste salarial de 26% e cria duas novas fainas (áreas de trabalho) para o Bloco. Os trabalhadores da categoria passaram a ser responsáveis também pela limpeza das dalas (correias que transportam os granéis) e por aplicar os jatos de ar nos caminhões que operam no corredor de exportação. O acordo é válido por dois anos, ou seja, até 2014.