Appa cria grupo de trabalho intersetorial para discutir plano de dragagem 06/07/2012 - 15:40

O objetivo é abrir a discussão da dragagem com diferentes segmentos da comunidade. Grupo de biólogos e oceanógrafos finalizam trabalho de coleta que antecedem a dragagem do canal de acesso aos portos

   Foi realizada na manhã desta sexta-feira (06), na sede do Porto de Paranaguá, a primeira reunião do Grupo de Trabalho Intersetorial da Dragagem. Criado pela Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), o Grupo tem por objetivo discutir um programa contínuo de dragagem dos portos paranaenses.

   Integram o grupo diversos atores da comunidade portuária. De acordo com o superintendente da Appa, Luiz Henrique Dividino, o objetivo de abrir a discussão da dragagem com diferentes segmentos da comunidade foi dar amplitude ao debate. “Nossa intenção é obter informações complementares relevantes que possam contribuir com o programa de dragagem da Appa. Muitas pessoas que foram convidadas a integrar esta comissão têm um amplo conhecimento do tema e podem contribuir consideravelmente com este debate”, disse.

   Nesta primeira reunião do grupo, foi feita uma apresentação do atual Programa de Dragagem da Appa, que prevê a regularização do canal de acesso aos portos de Paranaguá e Antonina.

   Na seqüência, foi apresentado o plano da dragagem de manutenção dos portos para os próximos quatro anos. O objetivo é manter a realização de dragagens contínuas, para evitar assoreamentos que prejudiquem a atividade.

   Após a apresentação, foi realizada uma ampla discussão sobre todas as áreas a serem dragadas, a particularidade de cada uma delas, possíveis áreas de despejo e formas de agilizar o trabalho.

   A próxima reunião do grupo já está marcada para o dia 12 de julho, quando serão apresentados o plano de dragagem, o plano de batimetria e o plano de manutenção, balizamento e sinalização náutica dos portos.

   Integram a comissão membros da Appa, da Capitania dos Portos; do Tribunal de Contas do Estado; da Secretaria de Infraestrutura e Logística; da Secretaria de Agricultura e do Abastecimento; do Conselho de Autoridade Portuária de Paranaguá e de Antonina; da Prefeitura Municipal de Paranaguá e Antonina; do Serviço de Praticagem; dos Ministérios Públicos Federal e Estadual; da Associação Comercial, Industrial e Agrícola de Paranaguá; Associação Comercial de Antonina; Câmara Municipal de Paranaguá e de Antonina; Federação da Agricultura do Paraná; Federação das Indústrias do Estado do Paraná; Sindicato dos Operadores Portuários do Estado do Paraná, Sindicato das Agências Marítimas do Estado do Paraná, Transpetro e Fospar.
   
   “Estamos cumprindo a determinação do secretário de infraestutura e logística, José Richa Filho, de apresentar nossos projetos de forma a dar conhecimento e transparência a nossa gestão”, disse Dividino.

Trabalhos – A equipe de biólogos e oceanógrafos que está realizando os trabalhos de coletas que antecedem a dragagem do canal de acesso aos portos paranaenses agora prepara o relatório do monitoramento ambiental. O documento deve ficar pronto até o final da próxima semana. No conteúdo constarão análises meteorológicas e oceanográficas do período, as análises dos parâmetros mensurados in situ, a metodologia de coleta, o registro fotográfico, e demais informações desse primeiro monitoramento.

    Toda a água, o sedimento e a biota aquática coletados nos 80 pontos espalhados pela área a ser dragada já seguiram para os laboratórios contratados para serem analisados segundo parâmetros físicos, químicos e microbiológicos.

    Esse trabalho ambiental permitirá avaliar possíveis impactos e eventuais medidas de prevenção e controle, ratificando os estudos prévios já realizados. Além disso, é um mecanismo de controle ambiental que atende às exigências do Ibama e dá segurança à comunidade do entorno.

   A Appa já finalizou também a primeira etapa de visitas às comunidades para tratar sobre a dragagem de manutenção dos pontos críticos do canal de acesso aos portos paranaenses.

   A dragagem de manutenção dos pontos críticos do canal de acesso aos portos de Paranaguá e Antonina está dividida em dois lotes e compreende a dragagem do Canal da Galheta, partes da bacia de evolução e o acesso ao Porto de Antonina, num total de 3,5 milhões de metros cúbicos a serem dragados. A obra custará R$ 37 milhões e será paga com recursos próprios da Appa. O prazo de execução da obra é de seis meses.

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