Começa a dragagem de manutenção no Porto de Paranaguá
20/11/2013 - 17:50


Com investimento próprio de R$ 115 milhões, a obra se estenderá por 13 meses e abrange a bacia de evolução, os berços de atracação e os canais de acesso aos portos de Paranaguá e Antonina

   A nova campanha de dragagem de manutenção dos portos paranaenses começou, na manhã desta quarta-feira (20), em Paranaguá. A draga chinesa Xin Hai Niu irá retirar, nesta primeira fase, 1,3 milhão de metros cúbicos de sedimentos, compreendendo a bacia de evolução (áreas Charlie 1 e 3) e os berços (Charlie 2). Além destas áreas, serão dragados ainda os canais de acesso ao Porto de Paranaguá e ao Porto de Antonina. A obra custará R$ 115 milhões e será paga com recursos próprios da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa).

   “Estamos realizando a terceira campanha de dragagem somente neste governo. A obra contempla a dragagem da bacia de evolução, que há mais de uma década, não era dragada. Todos investimentos do estado", afirma o governador do Paraná, Beto Richa. A obra irá restabelecer as profundidades do projeto geométrico original das áreas. No caso da bacia de evolução, a profundidade voltará aos 12 metros originais e nos berços, vai variar de 8,5 a 13 metros. "Com isso, pretendemos aumentar a movimentação de navios e a segurança nas operações no Porto de Paranaguá”, completa o governador.

    O secretário de infraestrutura e logística, José Richa Filho, explica que a dragagem vai permitir que os portos do Paraná estejam aptos a receber navios maiores e que esses possam carregar em plena capacidade. “Estamos entregando mais uma etapa dos compromissos assumidos em nosso Plano de Governo, restabelecendo as condições de navegação e elevando a produtividade do porto”, completa o secretário.

Draga - Nessa etapa inicial da obra, as dragas que trabalham são as autotransportadoras do tipo Hopper Xin Hai Niu, com capacidade de 10.000 m³, e a Sucuri, de 600 m³.

    Segundo a empresa responsável pela dragagem - a DTA Engenharia, vencedora da licitação - o material dragado será carregado na cisterna da draga até o local de despejo. Estima-se que o trajeto seja feito de 3 a 5 vezes diariamente, dependendo da distância do trecho até a área de bota-fora.

Obra - Na sequência a esses trechos iniciais (áreas Charlie 1, 2 e 3) serão dragados, o canal de acesso deste porto (áreas Alfa, Bravo 1 e Bravo 2) e o canal de acesso ao Porto de Antonina (áreas Delta 1 e Delta 2). No total, são dez áreas abrangidas pela obra. O volume total a ser dragado é de 7.691.000 m³. O trabalho levará 11 meses para ser concluído.

    O superintendente da Appa, Luiz Henrique Dividino, afirma que durante a obra não haverá restrições de navegação no canal, nem das atividades de pesca, fazendo com que os procedimentos de entrada e saída de navios permaneçam inalterados, apenas obedecendo alguns cuidados adicionais de segurança. Uma programação especial está sendo prevista para a dragagem dos berços que obrigará a não atracação naqueles em que o serviço estiver sendo realizado.

    A área de descarte dos sedimentos encontra-se a mais de 20 km das Ilhas da Galheta e do Mel. "A área de descarte é distante das praias e o controle desta operação por modernos equipamentos são a principal garantia de que não ocorrerão interferências ambientais nas praias, no estuário e no costão da região", afirma Dividino.

    Antes do início dessa dragagem, um monitoramento ambiental foi feito para indicar a situação prévia da área. Durante todo o trabalho, os estudos, garantindo a qualidade ambiental do empreendimento e das demais atividades marítimas, serão realizados.

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