Começa monitoramento ambiental da área a ser dragada em Paranaguá 22/06/2012 - 14:40

   A Appa deu início também às reuniões com líderes comunitários do entorno do porto, dando continuidade ao Programa de Comunicação Social da Dragagem

   Teve início nesta sexta-feira (22) o monitoramento ambiental da área a ser dragada no canal de acesso aos portos de Paranaguá e Antonina. Ao todo, são cerca de 80 pontos de coleta para monitorar a qualidade da água, qualidade do sedimento a ser dragado e das comunidades planctônicas (fito, zoo e ictioplâncton).

   O trabalho permitirá também avaliar possíveis impactos e eventuais medidas de prevenção e controle, ratificando os estudos prévios já realizados. O controle ambiental será feito antes, durante e após a dragagem.

   Para o superintendente dos portos de Paranaguá e Antonina, Luiz Henrique Dividino, o trabalho de monitoramento é essencial. “Este monitoramento demonstra nossa preocupação em atender todas as demandas do Ibama com relação à segurança do processo. E este controle também tranqüiliza a comunidade instalada no entorno do porto com relação a nossa preocupação com a preservação ambiental”, afimou Dividino.

   De acordo com Flávia Granato, oceanógrafa da DTA Engenharia, empresa contratada para realizar a dragagem, o monitoramento permitirá identificar os parâmetros a serem monitorados, além da definição dos pontos de amostragem e a freqüência com que as coletas serão feitas, bem como a escolha dos métodos de coleta e análise e interpretação dos resultados.

Comunicação – A Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) deu início, também, às reuniões com líderes comunitários das comunidades do entorno do porto, dando continuidade ao Programa de Comunicação Social da Dragagem. A primeira reunião aconteceu na tarde da última quinta-feira (21), na Colônia de Pescadores Z1, de Paranaguá.

   Nesta sexta-feira (22), foram realizadas reuniões com as lideranças comunitárias do Canal DNOS, em Pontal do Paraná, na Ponta do Poço e nas comunidades de Nova Brasília e Encantadas, na Ilha do Mel. Além de representantes da Appa, participam da reunião uma equipe multidisciplinar da DTA Engenharia formada por um oceanógrafo, um biólogo e um técnico em meio ambiente.

   “Nosso trabalho, nesta primeira abordagem, é apresentar a obra, descrever como será feita a dragagem, apresentar o cronograma de trabalho e explicar o programa de monitoramento que está sendo realizado”, explica Flávia Granato, oceanógrafa da DTA Engenharia.

   Uma das principais preocupações das lideranças é quanto à área de descarte do material dragado. “Percebemos que a informação que eles têm é baseada em boatos, dados desencontrados. Abrir este canal direto de comunicação está sendo importante para esclarecer questões como que a área de despejo fica a 20 quilômetros da costa e não perto da praia, como muito acreditavam, e trata-se de uma área já licenciada para este fim”, explicou Flávia.

   Outro ponto esclarecido com os pescadores e lideranças comunitárias é que a dragagem só ocorrerá no trecho entre bóias, uma área onde por lei já não se pode pescar. Isso significa dizer que a atuação do equipamento não vai atrapalhar áreas de pesca nem arrastar redes, como temiam alguns pescadores.

   “A draga será rastreada via satélite para que todo o trabalho seja monitorado. Os pescadores podem ficar tranqüilos e continuar com suas atividades de pesca normalmente”, afirma Flávia.

   O programa de comunicação social que está sendo executado atende à determinação do Ibama, estabelecida na Licença de Instalação (LI nº 834/2011). No sábado (23), a reunião será realizada na Ilha dos Valadares e na comunidade de Guarani. Na próxima semana, as reuniões seguem nas comunidades de Eufrasina, Amparo, Piaçaguera e São Miguel. Após estas primeiras visitas com as lideranças das comunidades, o grupo de trabalho retornará aos mesmos locais para dar um retorno sobre os resultados dos primeiros monitoramentos e para esclarecer qualquer informação nova que surja ao longo do processo. Na seqüência, a Appa dá início ao programa de Educação Ambiental, com as comunidades no entorno do porto.

   A dragagem de manutenção dos pontos críticos do canal de acesso aos portos de Paranaguá e Antonina está dividida em dois lotes e compreende a dragagem do Canal da Galheta, partes da bacia de evolução e o acesso ao Porto de Antonina, num total de 3,5 milhões de metros cúbicos a serem dragados.

   A obra custará R$ 37 milhões e será paga com recursos próprios da Appa. O prazo de execução da obra é de seis meses.

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