Comunidade portuária se reúne para discutir programa de arrendamentos de Paranaguá

14/10/2013 - 16:10

Convocada pela Comissão do PDZPO do CAP, a reunião teve por objetivo elaborar um documento que vai pontuar as discordâncias entre o PDZPO e o plano federal para o Porto

   A Comissão dos Planos de Desenvolvimento e Zoneamento dos Portos Organizados do Conselho de Autoridade Portuária de Paranaguá (CAP) realizou uma reunião nesta segunda-feira (14), em Paranaguá, para discutir o Plano de Arrendamentos do porto apresentado no último dia 26 pelo Governo Federal. O objetivo do encontro foi avaliar se a proposta federal está de acordo com o que o PDZPO propôs e encaminhar à Agência Nacional dos Transportes Aquaviários (Antaq), como posição oficial da Comissão, um relatório apontando os itens que estão em desacordo com o que foi discutido.

   O encontro reuniu mais de 80 representantes da comunidade portuária e sociedade civil de todo o estado. “Nosso objetivo é elaborar um documento a partir desta reunião, que contenha todas as nossas demandas. Apresentaremos isso à Antaq e isso servirá de subsídio para a consulta pública do próximo dia 21”, explicou a relatora da Comissão do PDZPO e membro do CAP, Maria do Socorro de Oliveira.

   O superintendente dos portos do Paraná, Luiz Henrique Dividino, participou da reunião e disse que a manifestação da comunidade portuária virá contribuir para o aperfeiçoamento do processo. “Estamos vivendo um momento importante na discussão do futuro do Porto de Paranaguá. Ninguém melhor do que os operadores e as empresas que vivenciam o dia a dia do porto, e atendem clientes de milhares de origens, para saber quais as nossas demandas”, disse Dividino.

   Dentro da comunidade portuária de Paranaguá, a impressão é que a proposta de arrendamentos elaborada pelo governo federal é modesta perante a importância e real demanda do Porto de Paranaguá. Enquanto a proposta protocolada pela Appa no ano passado junto à Antaq – e que teve por base o PDZPO aprovado pelo CAP – previa duplicar a capacidade de escoamento de cargas do porto nos próximos 20 anos, a proposta federal prevê aumentos que variam entre 14 e 50% no mesmo período, dependendo da área.

   “O plano elaborado pelo porto é o de interesse de toda a comunidade. Acreditamos que Brasília será sensível às demandas da comunidade local. Normalmente os assuntos portuários são complexos e geram opiniões divergentes, mas neste caso houve uma unanimidade, de que o plano da Appa baseado no PDZPO é o melhor para Paranaguá e para o porto”, disse o diretor da Gransol, Waldemir do Vale.

   Na manhã desta terça-feira (15), acontece em Brasília uma reunião entre a Appa, Antaq, Secretaria de Portos (SEP) e técnico da EBP para discutir o plano de arrendamentos. Participarão também da reunião o presidente do Sindicato dos Operadores de Paranaguá, Edson Cesar Aguiar e a relatora do PDZPO junto ao CAP, Maria do Socorro de Oliveira.

   “Levaremos o que foi discutido aqui hoje para esta reunião em Brasília, de modo que o governo federal tenha a visão do que realmente se pensa dentro da comunidade portuária. Queremos levar o conhecimento técnico de décadas que possuímos aqui e tentar sensibilizar os técnicos para trazer a melhor proposta para o Porto de Paranaguá”, disse Dividino. Na quinta-feira (17), uma nova reunião está marcada com a Comissão do PDZPO do CAP para apresentar o resultado da reunião desta terça-feira em Brasília.

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