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Dados do Ogmo/PR mostram que os 2.878 trabalhadores sindicalizados já receberam R$ 11,65 milhões entre janeiro e novembro deste ano

Levantamento divulgado pelo Órgão Gestor de Mão-de-Obra do Paraná (Ogmo/PR) mostrou que, entre os meses de janeiro e novembro deste ano, houve aumento médio de 58,98% nos valores pagos aos 2.878 trabalhadores das seis categorias sindicais que atuam no Porto de Paranaguá. O índice leva em conta o pagamento realizado aos Trabalhadores Portuários Avulsos, também conhecidos como TPAs. Entre janeiro e novembro deste ano, foram pagos R$ 11,65 milhões aos trabalhadores que dividem-se em estivadores, conferentes, consertadores, arrumadores, vigias e bloco.

Os estivadores, por exemplo, obtiveram aumento de 66,12% nos seus ganhos até novembro, o maior se comparado aos demais sindicatos. De janeiro a novembro, a categoria recebeu R$ 7.711.612,00. O presidente do sindicato da categoria, Arivaldo Barbosa José, disse que o aumento dos valores da mão-de-obra aconteceu em função do maior volume de trabalho no cais. “Houve aumento das operações com madeira e com contêineres, que são consideradas cargas nobres e tiveram crescimento de 22% em comparação a 2006”, declarou o sindicalista.

O aumento no pagamento dos trabalhadores avulsos incentivou a entrada da chamada força supletiva nas atividades portuárias. Trabalhadores mais jovens começaram a substituir os que se aposentaram no período. Segundo dados do Ogmo, enquanto a quantidade de trabalho da estiva cresceu 35,94% no acumulado do ano, o número de trabalhadores teve queda de apenas 2,87%. O mesmo ocorre com os arrumadores, que tiveram 35,04% a mais de trabalhos realizados e uma redução de 1,68% de trabalhadores. Segundo o relatório de novembro, são 818 homens atuando nessa categoria.

“Mais trabalho para menos trabalhadores não significou uma perda, e sim um ganho. Tivemos aumento no salário e abertura de novos postos de trabalho. A sacaria e as cargas frigorificadas aumentaram e tudo isso fez com que os trabalhadores tivessem maior incentivo para o trabalho”, comentou Osmar Petersen, diretor do Sindicato da Estiva, que reúne 1.421 homens.

Expectativa - Para 2008, a expectativa da categoria é que mais produtos do segmento da Carga Geral (que congrega produtos como contêineres, papel, madeira, cargas ensacadas e frigorificadas) sejam movimentados pelo Porto de Paranaguá. Segundo Arivaldo José, um acordo internacional firmado com uma empresa especializada em operações com madeira vai possibilitar a exportação de 700 mil toneladas do produto.

“Soubemos que, com o aumento do dólar, o volume poderá chegar a um milhão de toneladas. Para nós é uma perspectiva que se reflete no desempenho dos trabalhadores, do Porto e da economia da cidade”, frisou o presidente do sindicato.

BOX - Valores de mão-de-obra com encargos (Janeiro a novembro de 2007)

Estivadores: R$ 7.711.612,00 - aumento de 66,12%
Conferentes: R$ 1.120.343,00 - aumento de 48,84%
Consertadores: R$ 163.865,00 - aumento de 22,12%
Arrumadores: R$ 2.110.107,00 - aumento de 60,56%
Vigias: R$ 429.988,00 - aumento de 11,80%
Trabalhadores do Bloco: R$ 118.768,00 - aumento de 15,28%

TOTAL: R$ 11.654.683,00