Governo e iniciativa privada unem-se para ampliar exportações de carnes pelo Paraná 10/12/2007 - 12:10

Com fotos em www.aenoticias.pr.gov.br
Cerca de 30 empresários do setor estiveram no Porto de Paranaguá para conhecer a estrutura existente e apresentar suas necessidades
Os Portos de Paranaguá e Antonina farão parte do chamado Corredor de Exportação de Congelados, iniciativa liderada pelo superintendente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Eduardo Requião, e pelo ministro da Agricultura, Pesca e Abastecimento, Reinhold Stephanes, e que conta com o apoio de frigoríficos do Paraná e do Brasil. Cerca de 30 empresários do setor estiveram no Porto de Paranaguá para conhecer a estrutura existente e apresentar suas necessidades.
A meta é incrementar as exportações pelos portos paranaenses, ampliando inicialmente em 50 mil toneladas por mês o embarque de carnes congeladas. E, para atender a essa demanda, a Appa prevê a aplicação de R$ 25 milhões na construção de um complexo público frigorificado com capacidade para 16 mil toneladas. A previsão é que a obra esteja concluída em setembro de 2008.
“A reunião mostrou que há possibilidades de voltarmos a fazer nossos negócios pelo Porto de Paranaguá. A premissa de ter estocagem é uma parte importantíssima e a instalação no Ministério da Agricultura também é importante porque gera agilidade”, disse Othmar Rempel, do Frigorífico Diplomata, Industrial e Comercial, referindo-se à instalação da estrutura do Ministério na área primária do Porto de Paranaguá.
De acordo com Ciliomar Tortola, diretor da Frangos Canção, esta foi a primeira vez que pensou-se em reunir o segmento em busca de uma solução conjunta. “Pela primeira o setor produtivo é convocado pelo Governo para discutir uma estrutura desta amplitude que só vem a somar. Com este terminal, teremos a oportunidade de utilizar mais os portos e ampliar nossas exportações. Paranaguá e mais viável para as empresas do Paraná”, avaliou.
Estiveram ainda reunidos representantes das empresas Friboi, AJS, Vapza, Curtume Vanzella, Frigorífico Margem, Averama, Tectron Nutrição Animal, Lacto, Avícola Feripc, Thermokey do Brasil, Directa Line Logística e Martini Meat, além de diretores da Appa e técnicos do Ministério da Agricultura.
Linhas – Para que o eixo da exportação da carne do Brasil mude para os portos do Paraná, é necessário além do aumento da área de armazenagem, aumento do volume de mercadorias. “Este novo terminal agilizará o fluxo de navios, sem esperas. Para isso, precisamos de um grande volume de cargas. Na medida que transformamos os portos, alavancamos a economia do Paraná. Quanto maior for a velocidade oferecida pelos nossos portos, teremos uma eficiência maior e custos mais baixos”, declarou Eduardo Requião.
“A integração entre Ministério da Agricultura e Governo do Paraná busca fazer com que o eixo da exportação da carne do Brasil, de bovinos e aves, passe para o Porto de Paranaguá em função das agilidades que serão oferecidas, tanto no aspecto aduaneiro como na competitividade, sobretudo se analisarmos o modal rodoferroviário em relação aos outros Estados do Brasil”, afirmou o superintendente Federal no Paraná do Ministério da Agricultura, Pesca e Abastecimento, Daniel Gonçalves Filho.
Estrutura – Além do complexo público que será construído no Porto de Paranaguá, os exportadores de congelados já contam com estruturas privadas, como é o caso da Sadia, que tem um armazém com capacidade para 8,5 mil toneladas, e a Ponta do Félix, em Antonina, com 13,5 mil toneladas. “Este projeto é de suma importância para o Paraná porque novas cargas serão atraídas. Temos a melhor condição a oferecer para o exportador, com uma localização privilegiada e órgãos federais atuantes”, ressaltou José Augusto Desordi, diretor do terminal Ponta do Félix.
Para Juarez Moraes e Silva, diretor do Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP), o Paraná é uma solução logística natural para o Brasil. “O processo logístico tem que ser entendido como um elo, que envolva atores públicos e privados. E isso está acontecendo no Porto de Paranaguá na medida em que se cria um corredor de exportação para congelados. Todos os segmentos envolvidos sentiram a determinação dos governos estadual e federal em implementar esse processo de forma racional”, avaliou.
BOX – Fiscais do Ministério da Agricultura terão estrutura dentro do cais
Para agilizar o processo aduaneiro no Porto de Paranaguá, o superintendente Federal no Paraná do Ministério da Agricultura, Pesca e Abastecimento, Daniel Gonçalves Filho, já anunciou a primeira medida: ele vai determinar que os fiscais federais do Ministério da Agricultura mudem-se imediatamente ao novo prédio erguido pela Appa para abrigar os órgãos federais.
“Estamos aqui no Porto há 16 anos e temos observado que o trabalho que o superintendente Eduardo Requião tem feito é ímpar no Brasil, de moralização de melhoria na infra-estrutura. O Ministério da Agricultura não poderia deixar de estar aqui para dar sua colaboração para que a gente possa dar mais eficiência nas exportações brasileiras”, afirmou.
 

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