Mulheres da Appa se conscientizam sobre o câncer de mama

29/10/2012 - 16:00

No centro administrativo, funcionárias de todos os setores se reúnem em palestra para marcar Outubro Rosa. O evento foi parceria entre a Appa e o Movimento Nós Podemos Paranaguá

   Outubro é o mês de conscientização para prevenção do Câncer de Mama. Em todo o mundo, com a cor rosa, a atenção das mulheres é chamada para esse importante alerta: quanto antes diagnosticado a doença, maiores são as chances de cura. Por isso, a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) reuniu todas as funcionárias – da limpeza à superintendência – para promover uma palestra sobre o tema.

   Como explicou a palestrante Angie Aline Albini, da Secretaria Municipal da Saúde, para as quase 80 presentes, as mulheres – especialmente a partir dos 40 anos – têm que estar atentas a qualquer de alteração próxima à região das mamas. “Ninguém melhor que nós mesmas para conhecer o nosso corpo e saber quando buscar ajuda médica. Quanto antes, melhor”, afirma.

   Além de mencionar a importância do diagnóstico precoce da doença, a palestrante falou sobre as opções de tratamento e orientou as mulheres da Appa sobre onde e como buscar ajuda.

   O evento, realizado no auditório do Centro Administrativo, foi em parceria com o Movimento Nós Podemos Paranaguá/PR - SESI/FIEP e teve o apoio da Secretaria de Estado da Saúde, Regional de Saúde do Paraná (Litoral), Rede Feminina de Combate ao Câncer de Paranaguá e Secretária Municipal de Saúde.

Compartilhando – As funcionárias da Appa ficaram tão à vontade com o tema que uma delas resolveu compartilhar com as demais a própria experiência. O depoimento – além de emocionar e levar esperança sobre a doença – complementou a palestra.

   Manuela Oliveira é engenheira e trabalha no Núcleo Ambiental da Appa. Aos 62 anos, mãe de três filhos e avó de sete netos, Manuela descobriu um câncer de mama quando tinha 52. “Foi por acaso, durante uma consulta de rotina. Ao fazer o exame de mama, o meu médico percebeu algo diferente e indicou a mamografia. O exame mais detalhado encontrou um nódulo, tão maligno, que poderia levá-la ao óbito em poucos meses”, conta.

   Manuela recebeu o resultado do exame pelo telefone. Desse momento até o final do tratamento, em nenhum momento ela pensou que não daria conta. “Depois do impacto da notícia, pelo telefone, viajei até Curitiba, sozinha, para pegar os resultados. Nessa uma hora do trajeto, muita coisa passou pela minha cabeça, mas foi só. Dali por diante, enfrentei o que veio, sendo sempre muito iluminada”, revela a engenheira.

   Ela conta que passou pela cirurgia de retirada de mama (mastectomia) e quatro sessões de quimioterapia. “Meu cabelo caiu, eu tive que raspar a cabeça, mas não me abalei. A lição que eu tirei disso tudo é a seguinte: quando é detectado um câncer, não se deve buscar outras soluções paliativas ou camuflar o problema. É preciso ter coragem para fazer o que deve ser feito”, ensina.

   Manuela conta que mesmo tendo que enfrentar um câncer, nenhum departamento de sua vida teve sequela. “Não parei de trabalhar, ao contrário cheguei ao auge da minha carreira, como diretora técnica da Appa, em seguida. E minha feminilidade não foi abalada, pelo contrário, depois de tudo isso eu encontrei o meu terceiro e definitivo companheiro”, conclui a corajosa Manuela.

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