Pessuti abre seminário sobre comércio exterior e sustentabilidade 23/07/2009 - 14:30

O governador em exercício Orlando Pessuti abriu, nesta quinta-feira (23), o Seminário de Sustentabilidade e Potencialidade em Comércio Exterior, paralelo à 1.ª Convenção Hemisférica de Proteção Ambiental Portuária, em Foz do Iguaçu. “O governo já trabalha com o resgate social e da cidadania, além de políticas públicas que colocam o Paraná na varguarda para a garantia ambiental”, afirmou.

Segundo Pessuti, o estado está preparado para receber investimentos internacionais, promover transferências tecnológicas e gerar parcerias para o crescimento industrial em harmonia com o meio ambiente. Ainda de acordo com o governador em exercício, a sustentação do tripé economia, social e ambiente é realidade no Paraná.

Organizado com o objetivo de apresentar mecanismos para que empresários possam promover seus produtos, conhecer barreiras e viabilidade comercial de negócios, o evento também apontou a promoção da Agenda 21, e a importância da sustentabilidade como diferencial competitivo nas exportações, como descreveu o secretário da Indústria, do Comércio e Assuntos do Mercosul, Virgílio Moreira Filho.

Para o secretário, a crise econômica global tem produzido reações contraditórias no mercado. De um lado, a população discute seu padrão de consumo e, de outro, empresas reduzem investimentos em projetos de sustentabilidade. Estudos da consultoria inglesa New Energy Finance revelou que os investimentos das empresas em energia limpa caíram 53% no primeiro trimestre de 2009, em relação a 2008. No Brasil o índice foi de 76%. “Este encontro revelou que, dentro da competitividade entre as empresas, a sustentabilidade é um absoluto diferencial para o consumidor”.

AÇÕES - Presidente da Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Paraná (Faciap), Ardisson Akel, afirmou que a crise lançou desafio aos empresários, principalmente com a retração das exportações. “Encontramos resistência na entrada de produtos brasileiros. É o momento para a criatividade e identificação de novos nichos de mercados, principalmente para micro e pequenas empresas que desejam entrar no comércio exterior”, analisou.

A opinião foi compartilhada pelo diretor de Políticas de Comércio e Serviços do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Mauricio Lucena do Val. “Vemos o acirramento da concorrência, de barreiras e práticas desleais com a crise internacional”. Entre as medidas adotadas pelo governo federal, políticas de desenvolvimento produtivo foram implantadas, instituindo ações tributárias, regulatórias, de finaciamento, promoção e de defesa comercial das empresas exportadoras nacionais.

De acordo com Luiz Alberto de Paula Cézar, diretor empresarial da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), o evento causou maior aproximação entre o porto, produtores e entidades de classe. “Somos altamente competitivos e adaptados para exportar nossas divisas”.