Porto de Paranaguá descobre fraude no ponto de funcionários com uso de “dedos de silicone” 21/02/2014 - 16:25

Durante trabalho para reavaliação do quadro funcional, técnicos da Appa descobririam o uso de dedos de silicone para fraudar o cartão ponto. Ministério Público Estadual e Polícia Federal, cumprindo ordem judicial, realizam nesta sexta-feira (21) buscas no Porto.

A Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) vem trabalhando no sentido de qualificar o seu quadro de pessoal para atender ao Novo Marco Legal Portuário, estabelecido pelo Governo Federal. Após trabalho intenso e consistente, o Governo do Estado do Paraná aprovou a Lei de Transformação, alterando a Appa de autarquia para empresa pública, com o propósito de acabar com a indústria de ações trabalhistas que ceifou mais de R$1,3 bilhão dos cofres da Autarquia nos últimos 20 anos.

“Durante o processo de reavaliação do quadro funcional com vistas as adequações das atividades portuárias previstas em lei e o futuro quadro de pessoal da Appa, os nossos técnicos constataram a existência de possível fraude no apontamento do ponto funcional no sistema biométrico da autarquia, inclusive com a apreensão “dedos” de silicone”, afirmou o superintendente dos portos do Paraná, Luiz Henrique Dividino.

“Dada a importância do tema, diretamente ligado a indústria de ações trabalhistas do Porto de Paranaguá, bem como às práticas nefasta a administração pública, solicitamos a participação do Ministério Público, Policia Civil e da Policia Federal, para investigação e apuração dos fatos”, completou o superintendente.

A Appa oficiou o Ministério Público Estadual sobre a sistemática fraudulenta. Durante esta sexta-feira (20), a Polícia Federal e Ministério Público Estadual, cumprindo ordem judicial, percorreram diferentes locais onde os funcionários batem e ponto e encontraram vários “dedos”. A operação ainda está em curso. A sistemática era adotada para bater o ponto de funcionários ausentes e, dessa forma, não terem perdas salariais.

Para a Appa, trata-se de mais um fato triste da história da Autarquia, mas que é necessário para a correção dos rumos, reafirmando a seriedade do trato da coisa pública por parte do Governo do Paraná.