Porto de Paranaguá inaugura mais uma linha comercial para a África 07/01/2008 - 14:40

A partir de março o Porto de Paranaguá contará com nova linha comercial para a África. O aquecimento do mercado africano fez com que a armadora Grimaldi instituísse uma segunda embarcação para atender o aumento do consumo, especialmente de veículos leves e maquinários pesados. No ano passado, o Porto de Paranaguá movimentou mais de 160 mil unidade de veículos, um recorde que começa a ser estimulado em 2008, com a abertura de novas rotas.

Além do navio “Fast Arron”, o porto paranaense passará a receber também o “Carmania Express”. O segundo navio representa a ampliação da rota que inicia em Santos, passa por Paranaguá e finaliza em Luanda (África). Com o “Carmania”, o porto nigeriano de Lagos foi incluído na linha, que de mensal passa a ser quinzenal. “Sem dúvida, a abertura de uma segunda linha é resultado do aquecimento do mercado africano. Estudos feitos pela armadora mostraram que a nova escala seria viável. O Porto de Paranaguá é um dos pilares do Brasil, tem localização estratégica e os negócios com fornecedores estimulou a segunda linha”, avaliou Wellington Borba dos Santos, gerente da Agência Oceanus, que representa a Grimaldi no Brasil.

No próximo dia 11 serão embarcados 118 caminhões e um trator para o porto de Luanda, na linha fidelizada da armadora com Paranaguá. Este será o primeiro embarque de 2008 e deverá ocorrer em até 15 horas ininterruptamente. Neste período, mais de 50 homens capacitados para a operação farão o embarque. “A segunda linha trouxe boas perspectivas para a comunidade portuária. Esta foi uma ótima notícia, especialmente para os trabalhadores, porque as operações ficam aquecidas. E também para a atividade de uma maneira geral porque os produtos têm alto valor agregado”, frisou o agente.

A nova linha para a África, que começa a partir de março, já fazia parte dos planos da Grimaldi desde 2007. O objetivo da armadora era reforçar a linha africana, ampliando as movimentações também para a Nigéria. Na época, o diretor de operações da Grimaldi, Miguel Malaguerra, acreditava que o momento era ideal para abrir uma linha direta para a África. “No caso de Angola, após a guerra civil, o país tornou-se um mercado promissor. E, em toda África, isso pode ser observado. O produto brasileiro é adequado a países em desenvolvimento para onde são enviados tratores, caminhões e ônibus”, afirmou Malaguerra. 
 

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