Requião critica reportagem da Revista Veja 27/11/2007 - 16:40

Com fotos em www.aenoticias.pr.gov.br

Fotos do Porto de Paranaguá foram usadas pela revista como referência de filas e pouca produtividade

O governador Roberto Requião criticou a reportagem da Revista Veja intitulada “A lógica do atraso”, publicada na edição 2.035 do dia 21 de novembro e que trouxe uma foto do Porto de Paranaguá ilustrando o material e fazendo referência a supostas filas e pouca produtividade do terminal. Durante a reunião da Escola de Governo desta terça-feira (27), o governador explicou o funcionamento do Pátio de Triagem e reiterou que não há filas no Porto.

“O Porto de Paranaguá já recebeu em 2007, até outubro, 266.891 caminhões. Este pátio tem capacidade para mil caminhões. Eles chegam, entram no pátio de triagem e ali os motoristas encontram lanchonetes, banheiros e imediatamente levam a carga para classificação. Em seguida a mercadoria é embarcada e eles vão embora. Não significa nenhum congestionamento. A imagem mostra uma fila que não existe. O Porto de Paranaguá ganhou, no ano passado, o prêmio nacional de logística. É o porto mais ágil do país, a maior tonelagem por metro linear de cais, o porto mais eficiente do Brasil. Mas a tentativa de desmoralizar o porto público continua”, disse o governador.

Requião lembrou ainda que o Porto de Paranaguá tem sido alvo dos opositores ao Governo do Estado desde a campanha eleitoral no ano passado. “Vocês lembram da campanha eleitoral quando um artista global falava em estrangulamentos no Brasil e em plena campanha dizia que Paranaguá era o porto do engarrafamento, do estrangulamento da economia brasileira? Isso logo depois de a gente ter ganhado o prêmio nacional de logística. Com isso, foram derrubando pontos nossos na campanha eleitoral. E justo o Porto de Paranaguá, que é uma das pérolas do Governo e que a gente apresentava como um símbolo da eficiência do Governo do Estado. É a canalhice reiterada”, afirmou.

Logística - A Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) encaminhou um pedido de correção à Revista Veja mas não foi atendida. No documento, a Appa esclarecia que há quase quatro anos não há registro de filas de caminhões na BR 277 com destino ao Porto de Paranaguá graças a uma logística implantada no terminal paranaense a partir de 2003, que rendeu ao Porto o prêmio da Associação Brasileira de Movimentação e Logística (ABML).

A nova logística duplicou os guichês de entrada ao Pátio de Triagem (de dois para quatro), agilizando o recebimento dos caminhões carregados com grãos. Ao contrário do que ocorria no passado, passou-se a exigir dos caminhões já na entrada do Pátio a nominação da carga, ou seja, eles só podem sair de suas origens com o armazém de destino da carga definido e com o navio já programado.

Silão - O silo público (silão) também passou a exigir dos operadores a nominação da carga. Dessa forma, apenas quem já tem o navio nominado pode depositar soja no silão. Antes, não havia essa exigência e o silo público, que cobra tarifas menores do que as dos armazéns privados, era espaço para especulação e mercado spot.

Com essas medidas, o Porto de Paranaguá (maior porto graneleiro da América Latina) passou a receber mais grãos, sem registro de filas, e tornou-se o principal exportador do milho brasileiro (mais de 54% da produção nacional é exportada por Paranaguá). A exportação de grãos até o dia 25/11 já supera o ano passado inteiro, com 14.125.638 toneladas.

BOX - Caminhões no Pátio de Triagem em 2007
Janeiro – 7.387
Fevereiro – 21.920
Março – 42.496
Abril – 30.926
Maio – 23.462
Junho – 28.930
Julho – 23.343
Agosto – 33.681
Setembro – 27.768
Outubro – 26.978

TOTAL: 266.891 caminhões