Secretaria de Portos apresenta programa de resíduos em Paranaguá 20/03/2012 - 16:20

Representantes dos terminais usuários dos portos paranaenses e membros da diretoria técnica da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) participaram nesta terça-feira (20) da apresentação do programa “Conformidade Gerencial de Resíduos Sólidos e Efluentes dos Portos”, criado pela da Secretaria de Portos (SEP/PR) da Presidência de República.

A equipe de pesquisadores do Programa de Planejamento Energético (PPE) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), responsável pela coordenação dos trabalhos, e do Instituto Virtual Internacional de Mudanças Globais (Ivig/Coppe/UFRJ), apresentou o projeto aos usuários do porto.

Aurélio Murta, um dos coordenadores do programa, explicou que o objetivo principal do projeto é atender a legislação brasileira no que tange os resíduos sólidos. “Os portos são grandes geradores de resíduos. Nosso trabalho será fazer um diagnóstico durante 12 meses deste resíduo. Serão monitorados os resíduos, a fauna e os efluentes para que sejam propostas diretrizes para a solução destes resíduos, sob o ponto de vista tecnológico e cientifico, e em conformidade com a legislação”, explicou.

A meta da SEP é identificar todos os resíduos e efluentes gerados nos portos e indicar as boas práticas para a sua gestão, elevando o Brasil a um padrão internacional no cumprimento de normas nas áreas de meio ambiente e vigilância sanitária e agropecuária.

O programa, criado para identificar resíduos em 22 portos brasileiros, e está contemplado nas ações do PAC 2, com recursos de R$ 16 milhões. Esta primeira fase de diagnóstico terá duração de um ano e ao fim deste prazo trará não apenas soluções para melhor coleta e gestão dos resíduos deixados pela operação portuária como sugestões para seu uso comercial.

A coleta de dados em Paranaguá será feita pela UFRJ em parceria com as universidades locais. Os pesquisadores ficarão em Paranaguá durante toda esta semana e darão início ao trabalho de identificação dos pontos geradores de resíduos que serão monitorados.

Programa: O programa fará três tipos de diagnóstico: resíduos sólidos; efluentes líquidos e fauna sinantrópica nociva (pombos, ratos, insetos e outros animais). Os resíduos são gerados pelos navios, pela operação portuária e pelos escritórios situados no porto e incluem desde alimentos dos cruzeiros de luxo, ao acúmulo de grãos resultante das operações portuárias ou papel descartado pelas empresas. Efluentes líquidos também são gerados por operações de bordo, portuárias e administrativas, incluindo esgoto e óleo combustível. Já a fauna é classificada de duas formas: Fauna Sinantrópica: espécies animais que se adaptaram a viver junto ao homem, a despeito da vontade deste; e Fauna Sinantrópica Nociva: que interage de forma negativa com a população humana, causando-lhe transtornos significativos que representem riscos à saúde pública.

O trabalho começou no ano passado nos Portos do Rio de Janeiro e Itaguaí (RJ). Este ano, as atividades foram iniciadas em seis portos nordestinos: Fortaleza, Natal, Recife, Suape, Cabedelo e Maceió. Até abril, todos os 22 portos terão iniciado o programa.
O programa contempla ainda os seguintes portos: Portos de Santos e São Sebastião (SP), Porto de Vitória (ES); Porto de Vila do Conde e Porto de Belém/PA; Porto de Itaqui/MA; Porto de Salvador, Porto de Aratu e Porto de Ilhéus/BA; Porto de São Francisco do Sul, Porto de Itajaí e Porto de Imbituba/SC; e Porto de Rio Grande/RS.

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