Baía de Paranaguá

 

Ilustração do Ecossistema da Baía de Paranaguá

Confira a participação de cada espécie:

    » Fitoplâncton

    » Zôoplancton

    » Bentos

    » Peixes

    » Tartarugas Marinhas

    » Aves Marinhas

    » Manguezais

    » Costões Rochosos

    » Crustáceos

    » Mamíferos

 

Barra horizontal cinza de separação de blocos

 

Imagem com o texto Baía de Paranaguá


Conheça um pouco mais sobre
este grande ecossistema.

 

Maior Baía do Paraná, a terceira mais importante do Brasil.

 Além de abrigar os portos paranaenses, a baía de Paranaguá é o berço de uma grande riqueza de espécies da natureza. 

A variedade está na fauna, na flora e entre outros organismos. Por isso, é uma reserva tombada pela Unesco.

 

Barra horizontal verde de separação de blocos

 

Fitoplâncton

 

Deste grupo, na Baía de Paranaguá são encontrados os Fitoflagelados do nanoplâncton, Diatomáceas cêntricas e Cianobactérias

São organismos vegetais, quase todos microscópicos, que flutuam no mar. São microalgas que – como outra planta qualquer – realizam fotossíntese (absorvendo o gás carbônico e liberando oxigênio). 

Sua presença na Baía deve ser controlada. Em excesso, pode significar algum desequilíbrio no ecossistema. 

Fazem parte da base da cadeia alimentar, servindo comida para os zooplânctons que, por sua vez, alimenta animais maiores (como peixes, por exemplo).

 

 

Ilustração das Cianobactérias
Ilustração das Cianobactérias, retirada do site da UFSC.

 

 

 

  Voltar

Barra horizontal azul para separação de blocos

Zôoplancton

 

Imagem de um Krill
Imagem de um Krill, retirada do site www.infoescola.com

 

Entre esses organismos, encontram-se principalmente pequenos crustáceos, larvas e ovos de animais como peixes, por exemplo.

Assim como o fitoplâncton, esses também são importantes indicadores das condições do ambiente marinho.

Podem se classificar em dois grupos: Holoplâncton (copépodes crustáceos (como o Krill); urocordados filtradores; quetognatos e hidromedusas) e Meroplâncton (ovos e as larvas).

 

Voltar

Barra horizontal cinza de separação de blocos

Bentos

 

Esses organismos são classificados como Bivalves – desses se destacam o mexilhão (Mytella charruana) e as ostras (Crassostrea brasiliana e Crassostrea rhizophorae). O mexilhão é popularmente conhecido como Sururu e as ostras como Ostras do Mangue; Cirripédios ou Cracas, que vivem grudados nos substratos naturais (costões rochosos, raízes de manguezais) ou artificiais (pilares de marinas, boias, cordas).

Desses, as principais espécies existentes na Baía de Paranaguá são Fistulobalanus citerosum, Amphibalanus reticulatum, Amphibalanus improvisus e Megabalanus coccopoma. Apenas a primeira espécie é nativa no Brasil, as demais foram introduzidas em diferentes momentos.

Além desses, aqui também se encontram as Ascídias, que são organismos que se fixam ao substrato. Ao invés de apresentarem uma carapaça dura de calcário, apresentam a túnica, que é um tecido protetor que reveste o animal. Ascídias são essencialmente marinhas e poucas espécies conseguem viver nos estuários por causa da variação de salinidade. A espécie mais comum na Baia de Paranaguá é Molgula phytophila. Apesar de diferentes, as ascídias fazem parte do mesmo grupo zoológico dos humanos – os cordados. Sua larva parece um girino de sapo.

 

  

Amphibalanus reticulatus, uma Craca
Na foto, Amphibalanus reticulatus, uma Craca

 

 

 

 

 

 

 

 

Voltar

Barra horizontal verde de separação de blocos

Peixes

 

Tainha
Tainha

 

A ictiofauna da Baía de Paranaguá é composta por 28 espécies de peixes cartilaginosos (Chondrichthyes) e 173 de peixes ósseos (Teleostei).

São quatro as categorias: 1) espécies oceânicas que visitam a região para desova; 2)espécies oceânicas adultas que visitam região para alimentação e crescimento; 3) espécies costeiras que migram para oceânicas para desova e desenvolvimento larval; 4) espécies estuarinas residentes.

Entre os principais exemplos daqui estão os Paratis, Bagres, Pescadas, Betara, Robalo – peva, Corvina, Tainhas, Tainhotas.

 

Voltar

Barra horizontal azul para separação de blocos

Tartarugas Marinhas

 

As cinco espécies de tartarugas marinhas que ocorrem no Brasil já foram registradas no Paraná, são essas a tartaruga-verde (Chelonia mydas) e a tartaruga-cabeçuda ou amarela (Caretta caretta ).

A Tartaruga-verde se alimenta principalmente de algas e gramas marinhas. Assim como as demais tartarugas marinhas, também já está ameaçada de extinção, classificada como “vulnerável”, principalmente pela destruição de suas áreas de alimentação, como os manguezais.

A Tartaruga-cabeçuda ou amarela come peixes, caranguejos e mariscos. Em ameaçada de extinção, seu status de conservação encontra-se como “vulnerável”.

Além dessas mais comuns, também já foi notada a Tartaruga-de-couro ou gigante (Dermochelys coriacea), que pode medir mais de 1,2 metro. Esta está criticamente ameaçada de extinção.

O que contribui para a extinção das tartarugas são a captura incidental, a degradação das áreas de alimentação, poluição, colisão com embarcações e comércio ilegal.

 

 

 

Tartaruga Marinha
Foto do Laboratório de ecologia e conservação, do CEM_UFPR.

 

 

 

 

 

 

 

Voltar

Barra horizontal azul para separação de blocos

Aves Marinhas

 

Controle Ambiental - Aves
Aves Marinhas

 

 

São 300 espécies de aves marinhas em todo litoral do PR. São cinco classes: de corpo aquoso do ambiente estuarino, do corpo aquoso da plataforma, do manguezal, de entre-marés do ambiente estuarino, e de entre marés de praias expostas.

Na Baía de Paranaguá se destacam os Biguás (Phalacrocorax brasilianus), a Atobá (Sula leucogaster), o Tesoureiro (Fregata magnificens) e Andorinhas-do-mar (Sterna spp.).

 

 

Voltar

Barra horizontal cinza de separação de blocos

Manguezais

 

O manguezal é um ecossistema costeiro de transição entre os ambientes terrestre e marinho. Sofrem grande influência do regime de marés e se desenvolvem em regiões protegidas como baías e desembocaduras de rios. No Brasil encontramos as maiores extensões de manguezais do mundo, aproximadamente 25.000 Km², o que corresponde a 12% das florestas de mangue existentes. No Complexo Estuarino de Paranaguá a área ocupada pelos manguezais é de aproximadamente 250 km².

Na Baía de Paranaguá encontram-se três espécies: mangue vermelho (Rizophora mangle), mangue preto (Avicenia shaueriana) e o mangue branco (Laguncularia racemosa).

A fauna do manguezal oscila com a variação da maré. Na maré baixa, por exemplo, os caranguejos são muito ativos e saem das tocas e dos troncos altos das árvores de mangue para se alimentarem.

Na maré alta, por um outro lado, é quando muito dos peixes que fazem parte do estoque pesqueiro das regiões costeiras adentram aos manguezais para se alimentarem, como os robalos, bagres e tainhas. Isso demonstra a importância desse ecossistema para a sustentação da biodiversidade marinha como um todo.

As aves marinhas também encontram no manguezal um ótimo refúgio, seja para descanso, alimentação e até reprodução.

O manguezal, com toda a sua diversidade biológica, é fonte de alimentação e renda para inúmeras comunidades extrativistas que vivem às margens da Baía de Paranaguá. Essa atividade, pelo que se nota no aparente estado de preservação dos manguezais da Baía de Paranaguá, representa uma prática eficiente de manejo sustentável por essas comunidades.

 

 

Manguezais
Manguezais

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Voltar

Barra horizontal verde de separação de blocos

Costões Rochosos

 

Costões rochosos
Costões rochosos

 

Costões rochosos podem ser definidos simploriamente como rochas que afloram na água do mar. Por oferecer um local de fixação, possui uma grande diversidade de espécies que se distribuem segundo a variação da maré. Por conta dessa característica, o costão rochoso foi dividido da seguinte maneira:

Supra litoral: fica acima da maré alta, recebendo apenas os borrifos das ondas. É inundado apenas por marés excepcionalmente altas. As principais espécies que habitam esse ambiente são as algas do tipo Bangia, Porphyra, Enteromorpha e espécies de gastrópoda do gênero Litorinna, que são as mais características e importantes;

Médio litoral: fica entre a maré baixa e a maré alta, permitindo períodos alternados de imersão e emersão aos animais e algas. É colonizada principalmente pelos cirripédios (cracas) do gênero Chthamalus e mexilhões do gênero Perna e Brachidontes;

Infra litoral: área que está constantemente inundada, só aparece exposta em marés excepcionalmente baixas. Sargassum é o gênero de algas mais comum. Essa região também é ocupada pelos ouriços e estrelas do mar.

A riqueza biológica de um costão rochoso é importantíssima para diversas outras espécies, como peixes e aves que a utilizam como fonte de alimentação. Além disso, muitas espécies que se fixam nos costões são de grande importância econômica, sendo extraída e explorada comercialmente, como ostras e mexilhões. O valor paisagístico e natural de um costão rochoso também estimula atividades sustentáveis, derivadas do ecoturismo, como o mergulho recreacional.

 

Voltar

Barra horizontal azul para separação de blocos

Crustáceos

 

Entre os crustáceos, principalmente os caranguejos compõem o ecossistema da Baía de Paranaguá. Está presente, principalmente, no mangue. Aqui, a espécie mais comum de caranguejo é o Caranguejo-uçá (Ucides cordatus).

 

 

 

Crustáceos - Caranguejo
Foto de Marcos Pinto, retirada da AENPr.

 

Voltar

Barra horizontal cinza de separação de blocos

Mamíferos

 

 

Mamíferos - Golfinho
Golfinho
 

O litoral paranaense abriga os alimentos consumidos por diferentes espécies de botos ou golfinhos e tartarugas marinhas. Os golfinhos ou botos comem os mesmos tipos de peixes que nós, dessa forma eles podem ser sinalizadores, ou seja, sentinelas do ambiente marinho.

Na Baía de Paranaguá grupos de boto-cinza podem ser observados na área de entorno do porto de Paranaguá, desenvolvendo principalmente a atividade de alimentação. Os berços de atracação e costado dos navios são utilizados como uma barreira para os peixes, diminuindo as rotas de fuga das presas e facilitando sua captura pelos golfinhos.

O boto-cinza (Sotalia guianensis), a toninha (Pontoporia blainvillei) e o boto-caldeirão (Tursiops truncatus) são os golfinhos mais frequentes na região, já a espécie de baleia mais frequente é a Baleia-franca-do-sul (Eubalaena australis), porém já foram registradas mais de 15 diferentes espécies de golfinhos/botos e baleias no litoral paranaense.

O boto-cinza (Sotalia guianensis) chega a medir, em média, 1,8 metro de comprimento total e utiliza a região do Paraná para se alimentar, reproduzir e cuidar de seus filhotes. São avistados principalmente em grupos de 2 a 10 indivíduos. Alguns impactos humanos, como alterações no ambiente costeiro, podem causar uma redução da população deste golfinho.

A toninha (Pontoporia blainvillei) vem sendo continuamente avistada na Baía das Laranjeiras e Desembocadura Norte, mede em média 1.40 metro de comprimento total e utiliza esta região para se alimentar e, provavelmente para reproduzir e cuidar de seus filhotes. É uma das espécies mais ameaçadas de extinção, classificada na categoria “em perigo”.

A baleia-franca-do-sul (Eubalaena australis) alimenta-se em regiões mais frias durante o verão e entre os meses de julho e novembro utiliza a região costeira do Brasil pra acasalar, dar cria e amamentar os filhotes. Existem ocorrências anuais na costa do Paraná registradas desde 1998. Chegam a medir 17 metros e pesar cerca de 60 toneladas. É classificada como “em perigo” quanto ao risco de extinção, sendo atualmente as colisões com embarcações, a interação com a pesca e a contaminação dos oceanos alguns problemas para sua conservação.

 

Voltar

Barra horizontal azul para separação de blocos

 

Fontes consultadas para este Painel:

 

REBIMAR: Levando a região costeira paranaense para sala de aula. Organização: Carolina de Andrade Mello, Fernanda Eria Possatto, Gisele Costa Fredo. Pontal do Paraná. Associação MarBrasil, 2011. ISBN: 978-85-65279-00-0

Mapeamento dos ecossistemas costeiros do Estado de São Paulo. Coordenação Claudia Condé Lamparelli & Débora Orgler de Moura. São Paulo. Secretaria do Meio Ambiente. CETESB, 1998

Dra. Camila Domit - Laboratório de Ecologia e Conservação - Mamíferos e Tartarugas Marinhas/ Centro de Estudos do Mar/ UFPR

Dra. Rosana Moreira da Rocha – Departamento de Zoologia/ UFPR

Paraná – Mar e Costa: Subsídios ao ordenamento das áreas estuarinas e costeira do Paraná. Projeto Gestão Integrada da Zona Costeira do Paraná. Organizadores: Rosana Maria Bara Castella; Paulo Roberto Castella; Débora Cristina dos Santos Figueiredo; Sandra Maria Pereira de Queiroz. Curitiba: SEMA, 2006.