Acordo entre Appa e UFPR prevê estudos ambientais e atividades culturais para Litoral 02/08/2010 - 15:00

A Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) e a Universidade Federal do Paraná (UFPR) assinaram na noite de sexta-feira (30) um acordo de cooperação para realização de estudos de impacto ambiental nas regiões portuárias paranaenses e para o desenvolvimento de ações culturais e educativas no Litoral do Estado. A solenidade aconteceu durante a abertura da mostra Séries do Porto, que, até o dia 31 de outubro, expõe 25 obras de artistas nacionais e estrangeiros sobre o dia-a-dia do terminal parnanguara, no Museu de Arqueologia e Etnologia da UFPR.

O acordo entre as instituições prevê que o Centro de Estudos do Mar, unidade de pesquisa da Universidade Federal, forneça dados e informações para desenvolver estratégias sustentáveis de manejo costeiro e proteção marinha, além de apoio científico para realização de dragagens. Por sua vez, a Appa garante a realização de atividades educativas e ações conjuntas para divulgar e difundir a cultura e história locais.

Para o superintendente da autarquia, Mario Lobo Filho, a parceria vai beneficiar toda a sociedade litorânea. “Os grandes beneficiados são os moradores do Litoral e os turistas que visitam nossas praias. A comunidade terá acesso ao acervo de pesquisas e também a exposições, mostras e outras atividades decorrentes do acordo”, destacou ele.

“Tanto a Appa, quanto a UFPR, ganham com a união. Os portos poderão se desenvolver com maior sustentabilidade, graças ao conhecimento da equipe de professores e alunos da Universidade. Enquanto eles vão poder aprender na prática e contar com o apoio dos nossos técnicos, numa intensa troca de conhecimentos”. completou Lobo Filho.

Segundo a pró-reitora de extensão e cultura da UFPR, professora Elenice Mara Matos Novak, representante do reitor Zaki Akel Sobrinho, o objetivo é manter maior integração com a sociedade, através de projetos estratégicos para o desenvolvimento regional. “È essencial esta participação na qualidade de vida das pessoas, aproximando nossos alunos das comunidades em que se inserem”, disse ela.

CULTURA: A primeira atividade cultural resultante da parceria é a exposição Séries do Porto. A mostra reúne obras assinadas por vários artistas, como o norueguês radicado em Curitiba e considerado um dos precursores da pintura paranaense, Alfredo Andersen; o curitibano Estanislau Traple; o polonês Ricardo Koch; o suíço Guilherme William Michaud, que viveu por muitos anos em Superagui; e Darci Regis, nascido em Paranaguá. Também estarão presentes trabalhos de Ennio Marques Ferreira, Fernando Calderari, Miguel Bakun, e Ricardo Krieger.

Telas e gravuras retratam navios, cargas e o trabalho dos estivadores, entre outras temáticas, nos mais diferentes períodos históricos, como a obra Cais do Porto, de 1943, pintada em nanquim, por Ennio Marques Ferreira. “Esta exposição, que marca a abertura do Museu Arqueologia e Etnologia, reformado recentemente, possibilita que as pessoas conheçam a história de onde vivem. Realizaremos aqui diversas atividades culturais e educativas, com mostras permanentes, cumprindo nosso compromisso com a população do Paraná”, explica Márcia Cristina Rosato, curadora do Museu.

A mostra Séries do Porto fica exposta até outubro e está aberta ao público de terça a domingo, das 10 horas às 17 horas, com entrada gratuita.

MÚSICA: Ainda na noite de sexta-feira, como parte das comemorações do aniversário de 362 anos de Paranaguá, a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina, juntamente com a Associação dos Amigos do Museu Oscar Niemeyer, Universidade Federal do Paraná e do Centro Cultural Teatro Guaíra, trouxe a Orquestra Sinfônica do Paraná para um concerto ao ar livre, na praça 29 de junho.

Sob a regência do maestro Alessandro Sangiorgi, o programa incluiu composições de Georges Bizet, Johannes Brahms, Antonin Dvorak e Mozart Camargo Guarnieri.

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