Agricultores argentinos conhecem modelo de exportação de grãos de Paranaguá 02/08/2010 - 17:30

Um grupo de pequenos e médios agricultores da Argentina visitou o Porto de Paranaguá nesta segunda-feira (2) para conhecer a infra-estrutura e o funcionamento do corredor de exportação. O modelo paranaense em sistema de pool, que permite aos produtores exportar menores volumes de grãos, é desataque na América do Sul e os argentinos estudam as possibilidades de escoar soja via Paranaguá.

Segundo o diretor empresarial da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina, João Batista Lopes dos Santos, as melhorias recentes fizeram com que os terminais públicos do Paraná voltassem a atrair exportadores dos países vizinhos, como Paraguai e Argentina. “Oferecemos vantagens tarifárias e logísticas, passamos a receber navios com mais de 301 metros de comprimento e temos características essenciais para o recebimento de graneis sólidos, como modais interligados de acesso ao porto”, ressalta ele.

Os 29 agricultores argentinos que visitam o Paraná também vão conhecer experiências de produção rural nas cidades de Carambei e Tibagi. “Eles fazem parte do Consórcio Regional de Experimentação Agropecuária, da região de Córdoba e querem trocar conhecimentos e prospectar possíveis negócios”, conta o guia do grupo, Lotar Kaestner.

Corredor de exportação: O modelo paranaense de exportação de grãos é único no Brasil. Oito empresas, incluindo o silo público, tem seus armazéns ligados ao Porto de Paranaguá através seis de correias e esteiras rolantes que vão até a faixa portuária e desembocam em seis carregadores de navios (shiploaders).

A carga pode ser embarcada simultaneamente nos três berços de atracação exclusivos para grãos, que garante que um mesmo navio receba carga de diferentes produtores – inclusive dos pequenos, porque permite carregar quantidades menores e completar com o dos demais exportadores. “O porto de Paranaguá é o único do país em que o mesmo navio pode ter carga de 11 até 13 exportadores diferentes”, conta o superintendente da Appa, Mario Lobo Filho.

“Outra vantagem é que o mesmo produtor pode embarcar mais de um tipo de carga, como milho e soja, por exemplo, em dois diferentes navios ao mesmo tempo”, completa ele.