A Administração dos Portos Públicos do Paraná estuda novas possibilidades para controlar a população de pombos em Paranaguá. Na manhã desta quarta-feira (29), uma audiência pública reuniu operadores portuários, representantes do Governo Estadual, Municipal e iniciativa privada, para debater soluções em conjunto. Devido a grande movimentação de graneis, como milho e soja, um grande número de aves é atraído para a cidade. Estima-se que mais de 100 mil pombos vivam ao redor do cais, armazéns, Pátio de Triagem de Caminhões, terminais e empresas portuárias.

O objetivo da parceria entre os diversos setores envolvidos com a questão, numa primeira fase, será encontrar medidas viáveis para conter a reprodução da espécie. “Não podemos permitir que a situação se agrave ainda mais. Os pombos se reproduzem de maneira muito rápida e encontram aqui alimentação abundante. O problema é recorrente e precisamos agir com urgência” alerta o diretor empresarial dos Portos de Paranaguá e Antonina, João Batista Lopes dos Santos.

Através do Núcleo Permanente de Gestão Ambiental, instituído em junho deste ano, a Appa monitora a fauna, flora e introdução de espécies exóticas invasoras, associado ao monitoramento realizado por outros órgãos. Entre as atribuições do Núcleo está, ainda, o levantamento dos passivos ambientais e a adoção de medidas para seu tratamento. “O problema com os pombos é grave porque as aves trazem malefícios para as pessoas. Resolver esta situação é essencial para a qualidade de vida dos parnanguaras”, destaca o superintendente da Appa, Mario Lobo Filho.

A possibilidade de controlar o crescimento populacional das aves estaria ligada a duas questões: o recolhimento dos grãos que caem ao longo do trajeto até o cais ou armazém e a remoção de ninhos. “Por isso precisamos da pareceria com os operadores. Todos devem se envolver na solução e fazer varreduras, recolher o milho e a soja que naturalmente caem dos caminhões”, explicou Noelle Saborido, membro do Núcleo Ambiental da Appa, durante a reunião.