Com equipe maior para atender acidentes, Porto de Paranaguá faz simulação 26/02/2015 - 16:27

A Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) promoveu nesta quinta-feira (26) um exercício simulado de preparo para atendimento a emergências ambientais. O objetivo foi avaliar a comunicação, o tempo de resposta para o atendimento (chegada no local) e a eficiência da equipe no combate ao acidente ambiental. O número de pessoas especializadas envolvidas aumentou de cinco, em 2010, para 25.

A ação – acompanhada por uma equipe do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), fiscais e técnicos do Porto de Paranaguá – é uma das medidas previstas no Plano de Emergência Individual (PEI), condicionante da Licença de Operação obtida pelo Porto em 2013.

De acordo com o chefe da divisão técnica da Superintendência do Ibama no Paraná, Michel Marcusso Kawashita, o Porto de Paranaguá avançou muito nos últimos anos em relação à preocupação com o meio ambiente.

“A Appa tem se mostrado empenhada na regularização dos seus procedimentos ambientais e a prova disso é a emissão da Licença de Operação do Porto em 2013 pelo Ibama”, afirmou Michel. Ele explicou, que o treinamento faz parte de um ciclo preparatório para a equipe do Porto. “O exercício é fundamental para a prontidão caso ocorra alguma eventualidade com a necessidade de intervenção dos órgãos ambientais”, reforçou Michel.

De acordo com o diretor-presidente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina, Luiz Henrique Dividino, a obtenção da licença de operação do Porto de Paranaguá marcou o início efetivo dos projetos e ações ambientais e possibilitou intensificar as melhorias em infraestrutura.

“O documento permitiu ao Porto voltar a crescer de forma ordenada e em harmonia com a cidade e com o meio ambiente”, declarou Dividino.

NA PRÁTICA – A Appa possui uma equipe especializada no combate aos acidentes ambientais e mantém plantão 24 horas, sete dias por semana. O simulado, coordenado pela Diretoria de Meio Ambiente da Appa, criou um cenário onde foi cronometrado o tempo para resposta ao derramamento de 200 litros de óleo lubrificante.

Ao ser transportado, o tambor içado por um navio caiu e derramou óleo no cais e no mar. No teste, foi utilizado um mingau para representar o óleo no cais e pipoca para representar a poluição no mar.

A operação contou com duas frentes de trabalho – uma no cais para evitar que o óleo derramado atingisse o mar e outra no mar para evitar a dispersão do produto na água. O diretor de Meio Ambiente da Appa, Marco Aurélio Ziliotto, conta que toda atividade de movimentação de óleos e combustíveis deve ter acompanhamento preventivo de uma equipe especializada no combate a poluição.

“O papel da equipe é agir preventivamente, observando detalhes da operação e interferir caso sejam detectadas fragilidades. O saldo foi positivo e teríamos atingido o nosso principal objetivo que é evitar a contaminação dos mangues e do estoque pesqueiro em caso de acidente ambiental”, demonstrou Ziliotto.

DEFESA AMBIENTAL – Entre os responsáveis pelo atendimento a emergências ambientais na Appa, está a empresa Alpina Briggs Defesa Ambiental, que promove periodicamente exercícios para testar estratégias de resposta a diversas situações, entre elas técnicas para contenção e recolhimento de petróleo e derivados, além de estudos ambientais e treinamentos

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