Portos do Paraná prontos até para a guerra 16/10/2019 - 17:40

Em caso de uma mobilização nacional em torno de uma guerra a Portos do Paraná está preparada para atender a demanda do Exército Brasileiro de transporte de equipamentos pelo mar? A resposta é sim e foi dada nesta quarta-feira (16) pelo diretor de Operações Portuárias da empresa pública, Luiz Teixeira da Silva Júnior, para o Comando da 5.ª Região Militar do Exército Brasileiro, no Forte do Pinheirinho, em Curitiba. Ele tratou do tema no 1.º Simpósio Regional sobre Logística e Mobilização Militar, onde a empresa pública foi uma das convidadas.

Segundo o diretor, os portos do Paraná mostram que não estão preparados apenas para o escoamento da produção agrícola e industrial brasileira, bem como a recepção de importados de qualquer parte do mundo, mas, também, para atender outras necessidades como, por exemplo, as eventuais solicitações da Marinha ou do próprio Exército. “O Porto já tem um estreito relacionamento com o Exército, com o recebimento de veículos militares, então já tem esse relacionamento e eles conhecem toda a estrutura”, destaca Teixeira.

No relato dado no simpósio, um dos dirigentes da empresa pública lembrou que toda a estrutura dos Portos do Paraná pode ser utilizada pelos militares e pela atividade econômica do país da melhor maneira possível. “Essa estrutura existe e mostramos nesse simpósio que, caso se precise utilizá-las, estão à disposição”, avisa o diretor de Operações Portuárias. Ele apenas lembra que a chegada propriamente ao Porto precisa ser melhor estudada pelas autoridades militares. “Para que possam utilizar em caso de emergência precisam conhecer a entrada da cidade e as vias de acesso”, aponta.

Por sua vez, o comandante da 5.ª Região Militar, General de Brigada Alessio Oliveira da Silva, explica que o simpósio se destina a complementar a logística em caso de necessidade de deslocamento das nossas tropas em face de uma agressão contra o Brasil. “Serve para levantar as necessidades em tempos de paz e aplicá-las em caso de guerra. Por isso, precisamos ouvir todos os segmentos envolvidos já que a mobilização não é só militar, é nacional”, explica o general.

E o Porto, no que pode ajudar? “Nós contamos com a verificação da capacidade de entrada e saída de produtos de emprego militar, de materiais de apoio às nossas tropas e deslocamento das nossas tropas. Nossos blindados são extremamente pesados e pode ser que precisemos contar com navios para transporte”, exemplifica o comandante. Além da Portos do Paraná, estiveram presentes no simpósio, representantes do Ministério da Defesa, dos governos do Paraná e Santa Catarina e também de entidades industriais dos dois estados.

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